A estiagem que afeta o estado do Rio Grande do Sul também tem atingido o município de São Domingos do Sul causando prejuízos ao Poder Público e ao Setor Privado - Agrícola e Agropecuário.

Conforme o Laudo da EMATER, o município apresenta um cenário atual de crise decorrente do déficit hídrico em 2022/2023. Em relação às precipitações, o déficit se iniciou no mês de setembro de 2022, se agravando nos meses de outubro e novembro de 2022, com leve recuperação em dezembro de 2022, agravando novamente em janeiro e fevereiro de 2023 até a presente data. Para se ter uma ideia da dimensão dessa falta de chuva, no mês de janeiro de 2023, registrou-se apenas 85 mm de chuvas isoladas em algumas localidades, tendo em outras nem a metade dessa quantia, agravando assim o problema de falta de água e ocasionando perdas nas lavouras, combinado, ainda, com as altas temperaturas.

No município, tanto a área urbana como a rural estão sendo afetadas pela estiagem. Na área urbana, inclusive, há dificuldades de abastecimento de água potável para consumo humano.

Vale ressaltar que com a estiagem, os níveis de água dos poços tubulares do município baixaram, sendo necessária a manutenção destes para atender a população com água potável.

No meio rural, em algumas regiões, há desabastecimento de água para dessedentação animal com açudes e córregos secos ou com pouco volume de água. O Poder Público realizou serviços de limpeza de micro-açudes para dessedentação animal e abastecimento de água com caminhão pipa.

Também são compatibilizados os prejuízos privados na atividade agrícola e no setor agropecuário pela EMATER, sendo as perdas em lavouras de milho, soja, feijão e nas atividades de bovinocultura de leite, sendo um total de perdas, levantados até o momento de R$9.267.030,00, destes R$1.803,00 no milho grão, R$4.331.250,00 no soja, R$135.000,00 nas pastagens de bovinos de leite, R$320.760,00 no leite, R$39.200,00 no feijão safra, R$25.200,00 na uva e R$2.612,500 no milho silagem.

O Secretário da Agricultura Samuel W. Casteli ressalta que “estes prejuízos no Setor Primário que é a base da economia do município, afetará de maneira considerável a arrecadação do município e neste momento a decretação de situação de emergência é importante para políticas públicas voltadas a amenizar a situação das perdas no município.”

A Coordenadora Municipal de Proteção e Defesa Civil Juceleine Klanovicz salienta que “o Decreto de Situação de Emergência pela estiagem é o primeiro passo e que agora o processo vai para homologação do estado e após para reconhecimento federal, o que poderá levar 20 dias.”